ODS
Principais contribuições científicas e/ou tecnológicas do Projeto RiskPorts e sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU:
As metas do Projeto RiskPorts estão alinhados diretamente com cinco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) implementados pela ONU em 2015, com meta de execução até 2030. São eles:
11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
11.5. Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas causadas por elas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade.
As metas 4, 5 e 6 inseridas na presente proposta têm como objetivo contribuir para o desenvolvimento de conhecimento e ferramentas que possam contribuir de forma direta ou indireta para a redução dos impactos das mudanças climáticas (inundações, destruição de infraestrutura ou habitações, paragem perlongada do porto, etc.) no setor portuário e suas áreas adjacentes, nomeadamente: 1) na população residente nas imediações dos portos (tipicamente população de baixa renda, empregada no porto), que representa a mão-de-obra mais importante do setor portuário; 2) nas atividades portuárias que são representam um importante número na economia local, regional e Nacional; 3) na infraestrutura portuária a qual pode sofrer impactos indiretos econômicos devido a eventuais limitações logísticas ou na sua infraestrutura. O desenvolvimento de planos de mitigação ou a tomada de medidas de adaptação preventivas, serão cruciais para o cumprimento deste ODS, e o presente projeto poderá dar uma contribuição relevante para esse fim.
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13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.
13.1. Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países.
A meta 3 desta proposta irá oferecer subsídios importantes para que a resiliência e, principalmente, a capacidade de adaptação a riscos possa ser incrementada, uma vez que a mesma irá realizar um estudo sobre a frequência (atual e futura) de ocorrência das principais ameaças climáticas que afetam os portos costeiros do norte de Santa Catarina. Da mesma forma, as metas4 e 5 também tem relação direta com este objetivo a medida que irão analisar vulnerabilidades, sensibilidades, capacidades adaptativas, exposição e riscos do setor portuário costeiro de São Francisco do Sul e Itapoá considerando aspectos operacionais, estruturais e da cadeia logística multimodal. Ressalta-se aqui esse caráter integrado da análise presente na meta 4, uma vez que estes aspectos são cruciais para a definição dos graus de vulnerabilidade, já que os mesmos poderão variar não apenas em função de ameaças e riscos, mas também em função da própria característica da atividade.
13.2. Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais.
As metas1 e 2 da proposta irão contribuir diretamente à este objetivo, uma vez que as mesmas irão oferecer um panorama atualizado sobre estudos de vulnerabilidade climática portuária comparando metodologias de análise de risco climáticos já utilizadas. Além disso, tais metas irão aportar informações específicas sobre os impactos do clima no setor portuário, com destaque para o estudo de caso dos portos de São Francisco do Sul e Itapoá (SC). Já a meta 6 tem potencial para contribuir diretamente a este objetivo, na medida em que irá, a partir das análises realizadas nas metas 1 a 5, propor diretrizes e/ou métodos que venham a subsidiar a adoção de medidas de adaptação à mudança do clima no setor portuário. De forma complementar, a meta 7 se propõe a utilizar a teoria dos jogos no contexto de análise dos riscos às mudanças climáticas associadas a regiões portuárias e entorno, contando com a participação de atores sociais “chaves” na temática. Os resultados desta análise permitirão, em conjunto com a meta 6, oferecer subsídios que poderão ser integrados em instrumentos de gestão específicos do setor portuário, ou ainda, em instrumentos de gestão do território.
13.3. Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima.
A meta 3 da presente proposta apresenta interação com este objetivo, na medida em que a mesma irá desenvolvidos novos módulos da ferramenta CASSIE (Coastal Analysis System via Satellite Imagery Engine), utilizando tecnologia do Google Earth Engine para o apoio à gestão do impacto de mudanças climáticas em zonas costeiras e portuárias. Este tipo de ferramenta tem enorme potencial para utilização no ensino e capacitação de atores sociais nos temas abordados nessa proposta. Para além da meta 3 a meta 7 do presente projeto pretende contrituir para uma melhor consciencialização e entendimento das inter-relações entre os aspetos socio-econômicos e ambientais no ambito dos eventuais riscos que as mudanças climáticas irão causar ao setor portuário. O desenvolvimento de uma ferramenta para aplicação da teoria dos jogos neste contexto irá permitir que entidades de gestão, mas também a comunidade académica possa, de uma forma simples e interativa entender estes processos e compreender quais as formas de mitigar ou adaptar. Importante ressaltar ainda que o projeto prevê o desenvolvimento de materiais audiovisuais e/ou cartilhas eletrônicas visando a divulgação científica e capacitação da sociedade como um todo. Tais materiais serão elaborados seguindo metodologia estabelecida pelo Grupo de Ações Integradas em Gerenciamento Costeiro – GAIGERCO, o qual é participante da equipe proponente deste projeto. Alguns exemplos podem ser observados em https://gaigerco.furg.br/produtos/2-uncategorised/28-produtos-videos-cartilhas.
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14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
14.a. Aumentar o conhecimento científico, desenvolver capacidades de pesquisa e transferir tecnologia marinha, tendo em conta os critérios e orientações sobre a Transferência de Tecnologia Marinha da Comissão Oceanográfica Intergovernamental, a fim de melhorar a saúde dos oceanos e aumentar a contribuição da biodiversidade marinha para o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, em particular os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos
As metas 3, 4 e 5 inseridas na presente proposta têm potencial, ainda, para contribuir ao objetivo 14.a. Esta contribuição advém das metas citadas anteriormente, as quais conferem esse caráter de geração de subsídios sobre o conhecimento científico dos oceanos e mares, bem como sobre a transferência de tecnologia (meta 7).