Metodologia

Área de Estudo


O presente projeto será desenvolvido na Baía da Babitonga, litoral norte do Estado de Santa Catarina, ambiente que apresenta dois portos costeiros, sendo um público (São Francisco do Sul) e outro privado (Itapoá), os quais estão entre os maiores em termos de movimentação na região Sul do Brasil (Figura).

Área de estudo do projeto RiskPorts. Localização da Baía da Babitonga e dos portos de São Francisco do Sul e Itapoá.

O Porto de São Francisco do Sul é uma sociedade de economia mista do estado de Santa Catarina, subsidiária do acionista único SC Participações e Parcerias. Exerce a Autoridade Portuária do complexo portuário de São Francisco do Sul e, portanto é responsável por administrar a infraestrutura e fiscalizar as operações do Porto de São Francisco do Sul. Com uma administração autônoma, o porto funciona com a agilidade e a eficiência de um terminal privado, tanto que por ele passa bem mais da metade da movimentação portuária do Estado.

O Porto de São Francisco do Sul é reconhecido pelo dinamismo e agilidade nas operações. Em boa parte, isso se deve à parceria com grandes empresas, como a Terlogs, a Bunge e a CIDASC, que compõem o corredor de exportação instalado na zona primária do Porto. A Terlogs opera uma área de 40 mil m², contando com um conjunto de 13 balanças ferroviárias e rodoviárias, e capacidade total para armazenamento de 140 mil toneladas de granéis. O complexo da Bunge tem 125 mil m², com uma planta de extração de soja para o processamento de até 1,7 mil toneladas por dia. A capacidade de expedição chega a 1,5 mil TPH (tonelada por hora) de granéis sólidos e 1 mil TPH de óleo de soja. A capacidade de armazenagem é de 200 mil toneladas de granéis sólidos e 45 mil toneladas de óleo de soja. Juntas, a Terlogs e a Bunge investiram cerca de US$ 20 milhões no corredor de exportação, e mais de US$ 3 milhões em dois ships loaders, que triplicaram a capacidade de carregamento. A CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) opera o Terminal Graneleiro Irineu Bornhausen. A recepção é composta por 3 balanças com capacidade para até 120 vagões e 150 caminhões por dia, e duas megas rodo-ferroviárias, ambas com fluxo de 500 toneladas/hora. A capacidade de armazenagem é de 110 mil toneladas para granéis sólidos e 9 mil m³ para óleos vegetais.

O Porto de Itapoá iniciou suas operações em junho de 2011, sendo considerado um dos terminais mais ágeis e eficientes da América Latina e um dos maiores e mais importantes do país na movimentação de cargas conteinerizadas, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). De administração privada, possui uma estrutura capaz de movimentar 1,2 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano e está rumo a fase final de sua expansão que possibilitará a movimentação de 2 milhões de TEUs anualmente. Situado no litoral norte de Santa Catarina, o Porto de Itapoá está posicionado entre as regiões mais produtivas do Brasil, contemplando importadores e exportadores de diversos segmentos empresariais.

Os portos possuem localização privilegiada, na Baía da Babitonga, que proporciona condições seguras e facilitadas para a atracação dos navios. Com águas calmas e profundas, a Baía é ideal para receber embarcações de grande porte, uma tendência cada vez mais adotada na navegação mundial.

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Metodologia


A metodologia do projeto RiskPorts será apresentada por Meta. Na Figura abaixo apresenta-se de forma sucinta os procedimentos e sequência de desenvolvimento das atividades a serem realizadas a fim de que os objetivos e metas propostos neste projeto sejam alcançados.

Diagrama explicativo da metodologia do Projeto RiskPorts.

Meta 1 Realizar uma revisão bibliográfica sobre estudos de vulnerabilidade climática portuária, comparando metodologias de análise de riscos climáticos já utilizadas.

Meta 2 – Realizar um estudo sobre os impactos do clima, vulnerabilidade e exposição do setor portuário de São Francisco do Sul e Itapoá considerando aspectos operacionais, estruturais e da cadeia logística multimodal.

Meta 3 – Realizar um estudo sobre a frequência (atual e futura) de ocorrência das principais ameaças climáticas que afetam os portos costeiros em estudo.

Meta 4 – Realizar uma análise de risco climático para o setor portuário costeiro de São Francisco do Sul e Itapoá considerando aspectos operacionais, estruturais e da cadeia logística multimodal.

Meta 5 – Elaborar uma abordagem econômica sobre a importância da mitigação dos efeitos gerados pelos fenômenos climáticos nos portos de São Francisco do Sul e de Itapoá – SC.

Meta 6 – Propor diretrizes e/ou métodos para subsidiar a adoção de medidas de adaptação à mudança do clima no setor portuário.

Meta 7 – Desenvolver uma ferramenta para aplicação da teoria dos jogos no contexto de análise de riscos a mudanças climáticas associada a regiões portuárias e entorno, a fim de maximizar o processo de decisão em medidas de adaptação.